Em textos anteriores, tratamos sobre a Teoria Quantitativa da Moeda (TQM), a teoria clássica da moeda. Dessa forma, por meio dela podemos explicar o crescimento geral dos preços (inflação).
Assim, a TQM possui postulados sobre o crescimento do nível de preços. Ainda mais, sobre os impactos do aumento da oferta de moeda e como isso não afeta a demanda por moeda.
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Por outro lado, desde a crise de 2008 existe uma corrente muito forte de economistas. Essa corrente acredita nas políticas fiscais para a recuperação da economia. Esses economistas são adeptos à Teoria Monetária Moderna (MMT, em Inglês).
Nesse post, vamos te mostrar o que é a Teoria Monetária Moderna. Ainda mais, quais suas implicações para a emissão de moeda sem gerar inflações.
O que é a MMT?
A princípio, é bom lembrar que utilizamos MMT como sigla para Teoria Monetária Moderna, em inglês.
Voltemos um pouco à teoria clássica (TQM) para entender a teoria moderna. Mesmo não sendo muito nova, consideramos o que dizia a TQM em seus postulados.
Dessa forma, segundo a TQM, o nível de preços cresce em proporção à oferta de moeda. Ou seja, quanto mais moeda for ofertada na economia pela autoridade monetária, maior a pressão de inflação na economia.
Já definimos o que leva ao processo inflacionário antes. No entanto, sempre é bom retomar alguns desses conceitos. Inflação é o crescimento generalizado dos preços. E isso é causado pelo aumento da demanda frente à oferta na economia.
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Entre os economistas que são adeptos à MMT, alguns se destacam no Brasil, como é o caso de André Lara Resende, ex-diretor do Banco Central.
Lara Resende afirma que a inflação não é resultado do excesso de moeda, mas do excesso de demanda agregada ou das expectativas de inflação. Dessa forma, segundo a MMT um país que emite sua moeda não tem “restrições” quanto a oferta de moeda.
Logo, conclui-se segundo a teoria, que um aumento da relação dívida/PIB não é insustentável.
Como então imprimir dinheiro sem inflação?
Em distorções econômicas (como a pandemia) os governos têm de achar alternativas para impulsionar o crescimento econômico. Também ocorre em crises financeiras e guerras.
Assim, os governos possuem ferramentas para fazer com que a economia se reestabeleça em um ponto de equilíbrio. São elas a política monetária e fiscal.
Falamos mais sobre elas aqui:
Em situações de crise o espaço para as políticas monetárias fica mais estreito. Por isso, recorremos então à política fiscal. Dessa forma, gastos do governo voltados para a geração de empregos são a solução.
Porém, os casos em que isso pode ser feito são específicos. Geralmente, são aqueles em que o país tem poder sobre a emissão da sua própria moeda. Ainda mais, ele tem capacidade ociosa e insuficiência de gastos públicos.
Isso, no entanto, tende a ocorrer em países mais ricos.
