Atualmente, muito tem se falado sobre o compartilhamento de bens e serviços. A economia compartilhada vem se tornando mais presente em nossas vidas a cada dia.
Mas você sabe o que ela é e como afeta nosso cotidiano? Hoje, viemos te contar um pouco sobre isso.
O que é a economia compartilhada?
Nos últimos anos, o mercado, assim como a humanidade, enfrentam problemas crescentes. Mudanças no meio-ambiente, crises climáticas, excesso de consumo e de produção são questões recorrentes nas discussões econômicas e sociais.
Por isso, a economia, como uma ciência social, deve se propor a criar maneiras de melhorar o bem-estar da sociedade. E foi assim que surgiu a economia compartilhada.
Assim, este termo é usado quando nos referimos às novas formas de se fazer trocas de bens e serviços no mercado. Dessa forma, as pessoas compartilham estes bens e serviços já existentes, sem, necessariamente, comprar outros novos.
A ascensão deste tipo de experiência muito se deve à popularização da internet, que conecta pessoas de diferentes lugares e estilos de vida. Deste modo, os mais diversos indivíduos conseguem se comunicar e dividir recursos humanos, materiais e intelectuais entre si.
Quais as principais características do compartilhamento de bens e serviços?
De acordo com Rachel Botsman, considerada a líder mundial neste tipo de prática, existem 3 tipos principais da economia compartilhada. São eles:
1) Mercados de redistribuição: ocorre quando um item usado passa de um local onde ele não é mais necessário para onde ele é. É quase um ciclo de “use, reuse e passe para outro usar”. Um bom exemplo deste são brechós, onde roupas que não são mais utilizadas por alguém passam para outra pessoa.
2) Estilo de vida colaborativo: neste segundo tipo, busca-se compartilhar bens, serviços, espaços ou o próprio tempo. Muitas empresas já são adeptas deste, é o caso do iFood, aplicativo que disponibiliza uma distribuição de trabalhos prestados por pessoas que já oferecem aquele determinado serviço.
3) Sistemas de acesso a produtos e serviços: acontece quando a pessoa paga pelo aluguel do bem ou serviço, e não pela coisa em si. É o exemplo do Spotify, onde indivíduos “alugam” as músicas que ouvem, não comprando o CD. Ainda, outro exemplo é o Airbnb, já que por meio do aplicativo pode-se alugar casas pertecentes a outras pessoas temporariamente.
Existem mais exemplos de economia compartilhada?
Sim! E vamos listar alguns pra você.
• Netflix – aluguel de filmes
• Airbnb – aluguel de casas
• Uber – serviço de transportes
• DogHero – neste, ao viajar, você pode deixar seu bichinho com outra pessoa, de graça
• Enjoei – aplicativo de brechós, onde pessoas compartilham roupas, sapatos e materiais de todos os tipos
• Estante virtual – venda de livros usados
• Sites de compartilhamento de artigos acadêmicos – a economia compartilhada também fala sobre a divisão de bens intelectuais. Desta forma, ao disponibilizar artigos e livros já usados ou adquiridos antes, a prática se torna uma forma de economia compartilhada.
A economia compartilhada tem um futuro?
Com certeza.
Atualmente, estamos vivendo tempos em que as pessoas tentam, cada vez mais, reciclar, reutilizar e, acima de tudo: economizar.
Consequentemente, a procura por serviços e bens mais baratos tem se tornado gigante no mercado. Assim, É possível perceber isto em coisas cotidianas, como, por exemplo, a demanda por Uber ser cada vez maior que por táxis. Ou ainda, a grande fama que os brechós vem ganhando.
Do mesmo modo, pode-se observar que quase ninguém mais compra CDs para ouvir música, ou DVDs para ver filmes. O compartilhamento de filmes, álbuns musicais, séries e outros conteúdos midiáticos ganha cada vez mais espaço entre pessoas de todas as idades. É o caso do Spotify e do YouTube.
Dessa forma, em um mundo onde gastar tanto dinheiro e recursos pode ser perigoso, a sociedade vem se moldando para acolher demandas que acompanhem as agendas globais.
Ainda mais, a economia compartilhada é uma ferramenta essencial para ajudar o meio-ambiente, uma vez que pessoas estão dividindo bens já existentes, em vez de comprar novos, o que reduz a produção em massa.
Gostou da ideia de economia compartilhada? Nos conte sua opinião sobre!