A autonomia do Banco Central foi uma das pautas mais importantes da área de economia nas últimas semanas. Porém, junto com ele, outra bandeira foi levantada, do porque o Banco Central existir.
Hoje, vamos ilustrar como seria essa sociedade em uma visão mais libertária.
Quer saber mais, fique no texto que eu te explico.
O que é o Banco Central nessa ótica?
Bom, antes de começar a falar sobre o conteúdo do texto, gostaria de ressaltar que essa tese não é a opinião do Boletim Econômico.
Dessa forma, o Banco Central, nessa ótica libertária é um órgão estatal que detém o monopólio da moeda no país.
É importante ressaltar que existe um senso comum de que o Banco Central tem a capacidade de “imprimir moeda”, ou seja, literalmente produzir mais moeda e jogar na economia.
Isso é visto como um problema por muitos, visto que imprimir moeda sem gerar riquezas geralmente causa inflação.
Mas, no Brasil o BACEN não pode fazer essa prática. Só que ele consegue sim aumentar a oferta de moeda através de vários mecanismos, como taxa de juros e os depósitos compulsórios.
Assim, o BACEN consegue ter um certo controle sobre a inflação e o valor da nossa moeda em relação a outras moedas.
• Veja também: O que é autonomia do Banco Central?
Desvalorização do Real
O Brasil, nesses últimos meses passa por uma alta desvalorização da moeda, o dólar hoje está cotado em 5,22 reais.
Logicamente, com o real desvalorizado, os produtos e serviços tendem a ficar mais caros. É simples de pensar, se o dólar custar 2 reais, e você comprar uma caneta por 5 dólares, ele vai custar 10 reais.
Porém, se o dólar passa a valer 5 reais, a mesma caneta vai custar 25 reais.
Essa desvalorização tem uma raiz, que foi a taxa de juros baixa. O BACEN a fim de estimular mais nossa economia, diminuiu a taxa de juros e isso injeta mais moeda na sociedade.
As vezes, no silencio da noite, eu fico imaginando, porque a gente não larga o Real e adota o dólar, por exemplo?
Bom galerinha, não tem outro jeito de falar, mas obrigam-nos a usar o Real. Pois existe o chamado Curso Forçado da Moeda, onde todos nossos contratos e transações têm que ser em Real.
Ou seja, estamos a mercê das decisões do Banco Central sobre a nossa moeda. E é a partir disso que estipulam como seria uma sociedade sem Banco Central.
Como seria essa sociedade?
Vamos supor que hoje o Banco Central e o Curso Forçado da Moeda caiam hoje. Como seria amanhã?
Bom, a sociedade iria escolher da melhor forma a suas transações econômicas. De acordo com os libertários, existe a melhor moeda para se adotar.
Não teria muita lógica adotar a moeda de outro país, visto que ela estará atrelada ao Banco Central desse mesmo país.
Assim, o melhor a se fazer seria escolher uma moeda privada.
Qual é a moeda privada mais forte no mundo hoje em dia?
Isso mesmo meu caro, minha cara. O Bitcoin é essa moeda tão defendida pelos libertários, e tem dois motivos cruciais para isso.
• Veja também: O que é criptoeconomia comportamental?
O primeiro é que a moeda não está atrelada a nenhum órgão estatal, assim, ela não poderá ser manipulada pelos governos ou pelos Banco Centrais.
A segunda é uma informação que muita gente não sabe, mas o bitcoin tem um teto de oferta. Esse teto é de 21 milhões de bitcoins no mundo inteiro. Ou seja, quando tiver esse valor de bitcoins no mundo, não será possível produzir (mineirar) mais.
Isso traz à tona aquele discurso de se essa oferta de moeda for fixa, não existirá inflação.
Bom, e você pode pensar, quando o Bitcoin atingir o teto, é só ir para uma moeda em que não exista esse teto.
Claro que isso pode acontecer, porém, se o Bitcoin é bom por causa desse fator, porque você irá migrar para uma moeda pior?
Afinal, obrigam-nos a usar uma moeda pior, não é mesmo?
Então, como seria uma sociedade sem o Banco Central? Segundo os Libertários, uma sociedade mais livre e sem inflação de moeda.
E você, o que acha disso? Comente aqui para a gente.