A busca pela vacina tem sido um grande empenho compartilhado por vários países no mundo.
Não apenas a complexidade de se encontrar a “fórmula vencedora”, mas também a logística de distribuição e as ações políticas de diversos países são fatores essenciais para se pensar à vacina.
Dessa maneira, esse post analisará justamente o que está por trás do desafio da imunização global contra a Covid-19. Vamos lá!
O cenário
A pandemia do novo coronavírus que tem se desenrolado pelo ano de 2020, afetou imensamente o funcionamento do mundo.
Independentemente do país, medidas restritivas regem o comportamento das pessoas em seus diversos ambientes sociais, como, família, estudo e trabalho.
Ademais, há ainda o grande impacto negativo na capacidade produtiva das empresas, desacelerando grandemente a economia.
Entenda como o Brasil está retomando a economia.
Não obstante, a confirmação de reinfecções dos indivíduos, e notícias da segunda onda da Covid-19 em alguns países, revelam a importância de se garantir a imunidade de forma rápida e eficiente.
Analisemos as variáveis:
A logística
Não basta somente o sucesso da fórmula para se vacinar, mas de como será a fabricação, distribuição, armazenamento, transporte e a administração para que todos tenham acesso.
Especialistas têm apontado para a possível insuficiência na quantidade de insumos necessários à produção da vacina, como, frascos de vidro e seringas.
Somado a isso, para garantir segurança desta, vários outros quesitos são essenciais, quais sejam:
- Frigoríficos que comportem quantidades suficientes desde o armazenamento nas fábricas a conservação nos centros de vacinação;
- Transportes seguro com caixas especializadas e em tempo hábil;
- Pessoas qualificadas;
- Dados sobre as populações e o acesso a estas.
Em contrapartida, governos, organizações internacionais e empresas farmacêuticas estão cientes dessas demandas e trabalham em vista dessas limitações.
Você sabia que a vacina mais rápida já feita levou 4 anos?
Custos para se vacinar
Dessa maneira, o processo de imunização também depende da qualidade dos sistemas de saúde e da capacidade de cada país de administrá-lo.
Igualmente, a maioria das estimativas apontam que a vacina custará de US$ 20 a US$ 50 por dose, o que torna o processo de vacinação diferente em países ricos e em países em desenvolvimentos que dependem de instituições e empréstimos.
Do mesmo modo, o setor farmacêutico é responsável por um grande fluxo de dinheiro, o que gera muitos conflitos de interesses.
Nacionalismo da Vacina
Além disso, segundo Seth Berkley, CEO da Aliança Global de Vacinação Gavi, o pior entrave está sendo o chamado “nacionalismo da vacina”.
Como assim? Alguns países estão fazendo acordos bilaterais com empresas que testam vacinas em potencial na tentativa de chegar à frente dessa corrida.
Covax
Diante desse cenário, a OMS e a Gavi criaram o mecanismo Covax que garante o “acesso rápido, justo e equitativo às vacinas contra a Covid-19 no mundo todo”.
Sendo assim, os países-membros financiam a produção destas e fazem parcerias com os países de baixa renda para que o grupo prioritário pode ser assistido de antemão, além de contar com mecanismos de proteção a vacinas que não se provam tão eficazes.
Você sabia que, ao todo, os países-membros representam 60% da população mundial?
Não obstante, o sucesso do projeto depende do financiamento dos governos e do compromissos dos fabricantes para uma produção de escala global.
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Tipos de Vacinas
Por fim, é importante lembrar que não há apenas uma corrida entre os países para a imunidade, mas também para ser aquele que encontrou a fórmula certa.
Dessa forma, segundo a OMS, há cerca de 170 vacinas em desenvolvimento no mundo, e 30 delas estão na fase de testes clínicos atualmente.
As mais adiantadas são:
- Oxford | AstraZeneca (britânica-sueca), a qual está em testes de fase 2 e 3, e pesquisadores anunciam a possibilidade desta ser disponibilizada em outubro.
- Sinovac (chinesa) que está em testes de fase 3 no Brasil desde julho, e fez uma parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo.
- Moderna (norte americana), uma vacina que possui uma técnica nunca antes usada, e está na fase 3 com 30 mil voluntários desde o final de julho.
- BioNtech | Pfizer | Fosun, uma colaboração entre uma empresa alemã, americana e chinesa, e está em testes de fase 2 e 3 desde o final de julho.
- Sinopharm (chinesa) que está em fase 3 desde julho com 15 mil voluntários nos Emirados Árabes, com expectativas de estar disponível até o final do ano.
- Sputnik V (russa), a qual irá para os testes de fase 3 com 40 mil voluntários nesse mês de setembro.
Do mesmo modo, a Rússia foi o primeiro país a aprovar uma vacina contra a Covid-19 no mundo, embora a aprovação seja questionada pela falta de transparência nos estudos.
Para se aprofundar mais sobre as vacinas e suas fases de testagem, aqui está um “Rastreador das Vacinas contra a Covid-19” do The New York Times.
Logo, é importante lembrar que muitas são as variáveis em torno desse esforço conjunto. E que, a partir dessa análise, podemos esperar pela vacina de forma mais consciente.
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